segunda-feira, 6 de outubro de 2008

FILHOS DA PETA

Bem diz a minha porteira que este mundo está de pernas para o ar.
E para falar com toda a franqueza, nem é preciso ser licenciada em LVI (Limpeza e Vigilância de Imóveis) para chegar a esta triste conclusão.
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Os cavalheiros da PETA entenderam que os direitos das vaquinhas se devem sobrepôr aos da Mulher.
São uns queridos.
Fico à espera de ver, por um destes dias, a fotografia da dona Pamela Anderson (que, embora não sendo exactamente FILHA DA PETA, é uma das suas associadas), a amamentar um vitelinho.
Fará certamente muitas capas de revista.
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E, pelo que vemos nesta notícia, o que motivou a ira dos produtores de lacticínios foi tão só a referência ao perigo de doenças transmissíveis no leite das vaquinhas.
A sublime ideia de transformar mulheres em vacas leiteiras passou-lhes inteiramente ao lado.
De realçar também a "insuficiência de dadoras" de leite materno para a confecção dos molhos e sopas do senhor Locher.
Sempre apareceram algumas, afinal.
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Bom.
Pedindo desde já as maiores desculpas, é chegado o momento de eu empregar aqui linguagem de carroceiro (ou de taxista, para actualizar a expressão):
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E se estes senhores, mencionados na notícia, fossem todos
para A PETA QUE OS PARIU?
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18 comentários:

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Eu quero acreditar que tudo não se trata de uma ganda peta!
(mas onde é que a minha amiga vai desencatar estas notícias? - pois não acredito que seja assinante do 24horas)

E pensando melhor, seria uma moderna forma de resgatar o antigo costume das amas de leite, que agora passariam não a amamentar inocentes petizes mas antes adultos apetites.
E quiçá mesmo colocassem por aí postos de recolha, à imagem do que sucede nos Açores, onde cada vaca, perdão, dadora pudesse levar o seu contributo diário e receber logo o justo pagamento.
Ou porque não incentivar a venda directa da produtora ao consumidor, com a eventual vantagem de não ser necessária a prévia fervura do líquido.

E eu, que por essas terras afora, gosto especialmente de provar a fresca água de todas as fontes...

Maria disse...

Fiquei "aparvalhada", Ana.
Acho que é brincadeirinha, de mau gosto. Nem sei o que te dizer...
... olha, faço coro contigo, e mando-os para a PETA QUE OS PARIU!

Beijinho

Cristina Caetano disse...

Gosto muito de conversar com este gênero de doutoras, há muitas teorias interessantes saindo de suas cabeças, estou sempre aprendendo muito...

Mas pior - ou tanto quanto - que os filhos da Peta, são os outros que ainda consideram a questão levantada, digna de aplausos... tenha dó!!! E acho que eles não se perdem, devem estar acostumados à idas à Peta Que Os Pariu!!!

Beijinhos

CARTEIRO disse...

Eu não sou propriamente pudibundo e não acho a Pamela lá muito pudibunda, será mais panela puditeta.
Mas fico agradado com a brilhante tirada (sem mungir) da Ana e, sobretudo, com aquele remate que é de um vernáculo vibrante.
Abençoada, Ana.
Quase me faz lembrar o Zé Cuscopos...

Luis Eme disse...

não fazia ideia que tinhas "pedras no sapato", Ana...

que boa surpresa.

abraço

Duarte disse...

Gosto das pessoas que não têm pedras nos sapatos nem papas na língua, neste caso nem artroses nos dedos.
Ana, desde aqui, como não estou no fio da noticia, não posso fazer um juízo de valor, mas pelo que dizes, carregada de razão, uno-me à tua apreciação e critica.
Um grande abraço e não percas folhe.

Ana disse...

Caro Inspector:
Passando ràpidamente por cima das várias provocações contidas neste comentário, vou revelar-lhe a fonte de tão importante notícia:
Saiba que fui colhê-la ao nosso conceituadao "EXPRESSO" de 27 de Setembro.
Para que veja por onde anda a nossa imprensa de referência...

Quando referiu o 24 Horas atirou só um bocadinho ao lado...

Abraço

Ana disse...

Maria:
Não sei se será brincadeira, tal é a falta de senso desta organização.
Quanto aos "molhos", já não é a pirmeira vez que leio ou ouço referências a este novo estilo de cozinha:)))

É o admirável mundo novo...

Beijinho

Ana disse...

Cris:
Aqui, a divulgação é sempre de alto nível, como se comprova pelo documento junto:))

Já se sabe que não devemos dar demasiada importância a certas afirmações de "macheza" vindas de alguns comentadores...
Aquilo é feitio. E trauma da "profissão"...
Vai dar muito trabalhinho a educar:))))

Beijinho

Ana disse...

Caro Carteiro:
De vez em quando, um desabafo alivia muito...
Embora o vernáculo não seja característica minha, "nunca digas desta água não beberei"...

E, quanto aos trocadilhos, há por aí mestres insuperáveis...

Abraço

Ana disse...

Luís:
...e eis que se deu o regresso do filho pródigo...

Quanto a pedras, cada dia aparecem mais.
Mais dia menos dia, vou ter de reforçar o orçamento para despesas de sapateiro.

Gostei de te ver de volta.

Abraço

Ana disse...

Duarte:
Papas na língua não tenho, é verdade.
Artroses, felizmente, ainda não começaram a aparecer...
Já as pedras...vão-me dando que fazer.:)

Lá vou tentando tirá-las, se possível, com boa disposição...

Um abraço

poetaeusou . . . disse...

*
háááá,
por onde tens andado ?
a mulher/mulher
está em vias de extinção,
segue-me,
oficialização de união do
mesmo sexo, eles com eles,
elas com elas, logo elas
deixam de elas serem . . .
assim a mulher/mulher,
fica sem estatuto . . .
hááá e os homens,
os homens ? já foram...á vida !
,
copos de maresias, sem elas ...
,
*

Ruvasa disse...

Viva, Ana!

Em face da notícia e sendo ela verdade, permita-me que lhe assinale que me parece que a Ana se enganou numa letra qualquer. Não foi?

Abraço grande

Ruben

Ana disse...

Poeta:
CREDO!!!
Lá vêm as generalizações!
Acalma-te lá que ainda não chegámos à Madeira!
Nem todos os moldes foram deitados fora, felizmente.
Nada está, AINDA, perdido (embora falte pouco...).

Abraço

Ana disse...

Ruben:
Saiba o meu amigo que a Língua Portuguesa é MUITO traiçoeira.:))

E depois surgem estas confusões.

Abraço

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

Mas que ideia genial!!!

Conheço mulheres que poderiam ficar sem pinga de sangue quando chegasse a altura de ir para a ordenha mecânica, mas antes isso que ficar sem pinga de leite.

E eu arriscaria ir mais longe: tratando-se de senhoras de tez negra, existirão razões válidas para que não se crie o leite materno amamentador de animais com sabor a chocolate?

E olhe que esta minha visão comercial é valente, não é uma visão da TETA!!!

À sua!!!

Hic Hic Hurra

Ana disse...

Caro Zé_Cuscopos:
Estou bem aviada com esse pessoal aí da Aldeia:)
É caso para ponderar se isso não vos terá vindo no leite que beberam em pequeninos.
Já estou em crer que essa terra deverá ser o último reduto do Macho Lusitano (a parte do Algarve a que pertence o Zézé Camarinha que me desculpe).
Acho que a sua sugestão comercial deverá ser encaminhada directamente para a PETA (http://www.peta.org/).
Vão adorar a ideia, aposto.

À sua (com um copinho de leite de vaca)!