segunda-feira, 27 de outubro de 2008

FADO EM DÓ MENOR


Co'a breca! 7.000, dito assim com esta naturalidade, faz-nos desejar fugir a sete pés dos hospitais. Morrer por morrer, antes na nossa caminha.
Digo eu.

Que não haja culpados
é que já me parece mais natural.
Tal como na Ponte de Entre-os-Rios.
Ou na linha do Tua.
Ou quando um juíz liberta um criminoso que no dia seguinte esfacela a cabeça da mulher com um cinzeiro.
Ou tal como se prevê que venha a acontecer no final do Processo Casa Pia.
Ou com os crimes bancários.
E por aí adiante, que a lista não tem fim.
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Os nossos hospitalizados vão ter de se armar de toda a conformação possível, quando lhes calhar em sorte passar a fazer parte desta descontraída estatística.
A culpa É DO SISTEMA.
"OS ERROS PODEM ACONTECER EM QUALQUER FASE DO PROCESSO, DESDE QUE O MÉDICO PRESCREVE O MEDICAMENTO, PASSANDO PELA FARMÁCIA QUE O DISTRIBUI, ATÉ AO ENFERMEIRO QUE O DÁ AO DOENTE".
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Diz a inefável presidente da APAH (Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares), Dona AIDA BAPTISTA.
"É O SISTEMA".
As pessoas distraem-se, é muito natural.
Nada de andar a criar depois
bodes expiatórios.
Tendo o nome que tem (sem ofensa para a legítima), a senhora só podia vir, naturalmente, cantar-nos
o FADO DO SISTEMA.
Em DÓ MENOR.
À guitarra, sucessivamente, diversos directores hospitalares.
À viola, vão muitos doentinhos, mesmo contra vontade.

OOOOPS, RECTIFICAÇÃO DE ÚLTIMA HORA:
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Afinal parece que os números não eram portugueses, o que não impediu a nossa fadista de actuar com o maior à vontade.
Para ela tanto faz que sejam sete
ou sete mil.
Como logo surgiu alguém a corrigir os números, "CÁ, NÃO HÁ UM SISTEMA QUE REGISTE ESSES CASOS"

Mas então, sendo a culpa precisamente do SISTEMA, ainda queriam que fosse ele a fazer os registos?


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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

POEIRA DE ESTRELAS

Este é o primeiro de vários posts que aqui aparecerão junto ao fim de semana, dedicados ao cinema e à sua música.
Não se trata dos chamados "trailers".
É um passeio breve por tempos passados, ouvindo temas musicais que merecem voltar a ser ouvidos.
Em suma: uma pequena homenagem aos autores de bandas sonoras.

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PIQUENIQUE - 1955
Realização - JOSHUA LOGAN
Intérpretes - KIM NOVAK, WILLIAM HOLDEN,
SUSAN STRASBERG, ROSALIND RUSSELL, ARTHUR O'CONNELL.

Música original-GEORGE DUNNING
arranjos sobre o tema MOONGLOW.

Juntamente com 5 outras nomeações (melhor filme, melhor realizador, melhor actor secundário, melhor direcção artística e melhor montagem), o filme ganhou o ÓSCAR para a melhor música.

KIM NOVAK encontrou, nesse ano, a sua grande oportunidade para se tornar numa estrela de primeira grandeza, no vasto firmamento de HOLLYWOOD.
Não tanto pelo seu talento; mas pela sua indiscutível beleza.

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TENHAM UM BOM FIM DE SEMANA

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O MEU REINO POR UM CAVALO!

Tenho para mim que o inconveniente larápio não estava mìnimamente interessado nos conteúdos do dísco rígido daquele computador.
O mais provável é que este furto não passe de uma consequência directa da última intervenção de M.S.T. no JORNAL da NOITE da TVI.
Foi tal o ardor posto nos elogios ao MAGALHÃES que meio Portugal (menos informado) terá ficado a suspirar pela posse de um "bichinho" daqueles.
E é sabido que os amigos do alheio estão habituados a conseguir o que querem de maneira menos convencional.
O intruso em causa, tendo passado do telhado para a varanda, vá de partir o vidro e entrar às pressas, aproveitando a ausência do dono da casa.
Infelizmente, de noite todos os computadores são pardos (ou azulados, tanto faz) pelo que, visto à luz do dia o produto do furto, terá sido grande o desapontamento.
Afinal aquele não era o ambicionado MAGALHÃES!
Não me admiro que a sensação tenha sido a de "ter comido gato por lebre", se assim se pode dizer.
É no que dá a precipitação.

Agora, se M.S.T. quer muito, muito, muito reaver os planos da pólvora, não precisa oferecer ao ladrão todo o seu "reino" para ter de volta o "cavalo" roubado.

Acredito que as alvíssaras serão suficientemente aliciantes se a proposta constar da troca do computador furtado por um simples MAGALHÃES.
E, eventualmente, uma fotografia sua autografada para a mulher, caso o gatuno seja casado.

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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A INTELIGÊNCIA DA BORBOLETA

Ou como explicar às criancinhas a crise do Subprime.

Mais ou menos.

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DARDOS

Por indicação expressa da Maria, desloquei-me (virtualmente, é certo) até à Ilha e levantei este prémio que "se destina a reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc.
Em suma demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.
Este prémio foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
Quem recebe o "PRÉMIO DARDOS" e o aceita, deve seguir algumas regras:
-Exibir a respectiva imagem
-Linkar o blog do qual recebeu o prémio
-Escolher 15 blogs para entregar o "PRÉMIO DARDOS".


Agradecida, Maria.
Fico olhando e olhando e olhando para a imagem, sem conseguir vislumbrar um só dardo.
A única coisa que me parece lá estar é uma matéria volátil a saír de algures.
Espero que não seja nada no género do gás cuja fuga originou ontem 14 feridos na CUF de Estarreja.

Andei a clicar para trás, de link em link, tentando encontrar o(a) autor(a) do desenho.
Em vão.
Quando atravessei para o lado de lá do oceano, aproximando-me da origem (que calculo pelas palavras empregues no texto), o ambiente começou a aquecer...
"O GOOGLE NÃO SUBSCREVE NEM AVALIA O CONTEÚDO DESTE BLOGUE".
Oooops, entro, não entro?
Entrei.
Percorridas algumas fotos que nem texto tinham, o que, aliás, era totalmente desnecessário, logo concluí que não era ali que se iria perder tempo a explicar o significado dum pequeno selo.
Ali, outros valores mais altos se alevantavam (honny soît qui mal y pense)...
Pronto. Desisti.
Cá está a imagem, seja lá o que for que ela signifique.
Quanto aos 15 (hehehehe, gente optimista), é uma maldade.
Ficamos assim:
Quem costuma vir aqui faça o favor de levar o prémio e fazê-lo circular o mais possível para cumprir os desejos de quem o criou.
Eu é que confesso não dispôr de tempo para tanto.

E, por favor, se houver quem saiba explicar o bonequinho, que se chegue à frente e mate a minha curiosidade.

Muito obrigada.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

AQUI VEM O MAGALHÃ-Ã-ÃES...

Devo confessar desde já que fiquei um tanto baralhada ao ver senhores PROFESSORES de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) a fazer estas figuras;
sobretudo, tendo em vista que são eles que irão "formar" os colegas do ensino básico, no uso do MAGALHÃES, nas aulas.

É que não estou bem a ver a relação entre ensinar criancinhas a servirem-se dum computador "que não é prá mãe brincá-á-ar" (dizem os versos de pé quebrado) e esta mini-promoção cénica meio apalhaçada.
Segundo parece, o frete foi-lhes
"solicitado".

Entretanto, pode ser que apareça alguém que me explique.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A MINHA CASINHA

Quando se levantou a hipótese de Pedro Santana Lopes poder vir a concorrer novamente à presidência da Câmara de Lisboa, surgiram as primeiras notícias de atribuição de casinhas "a pedido", durante o seu mandadato.

Pior foi quando começou a observar-se um fenómeno insólito:
Numerosos habitantes da capital tinham por hábito cantarolar, tanto nos seus lares (mais exactamente no chuveiro) como nos seus postos de trabalho, esta velha cantiguinha.
Veio a saber-se que, afinal, o falecido Krus Abecassis tinha ensinado a música a cerca de 200 lisboetas.
Aquilino Ribeiro Machado fez o mesmo a 75.
Parece que ligava pouco à música portuguesa.
Santana Lopes distribuíu 155 discos em vinyl com o velho êxito da Milu.
Jorge Sampaio, como bom melómano, entregou 153 pautas e mandou os felizes contemplados aprender a tocar piano.
Não sabemos se os instrumentos faziam parte da oferta.
Carmona Rodrigues atribuíu 112 maquinetas de karaoke com a versão dos Xutos e Pontapés.
António Costa, porque não lhe deram tempo, limitou-se a oferecer 69 CDs remasterizados do mesmo tema.
Para as senhoras, cada CD era acompanhado de um botão de rosa.

Entrtanto, parece que certas casinhas, sendo na verdade autênticos palacetes, não possuíam as convenientes condições acústicas para ali se cantar.
O que levou os inquilinos a solicitar as obras que se impunham.
Fizeram eles muito bem.

O que já me parece um pouco estranho é o assunto ter desaparecido dos jornais enquanto o diabo esfrega um olho.
Inclusivamente, aqueles fazedores de opinião que costumavam cantar em voz alta enquanto teclavam nos respectivos computadores, passaram a fazê-lo em surdina e isso quando não há colegas por perto.

Consta que são efeitos da gripe sazonal.
Pode ser.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

AINDA OS MICROFONES

O vídeo é curtinho, bem sei.
Lamentàvelmente, ficamos apenas a imaginar o que se teria seguido...

Irão dizer que o senhor ministro
tem BOM GOSTO.
É um facto.
Mas se se empenhasse tanto nos afazeres do seu complicado ministério, como nos comentários jocosos (como diria o saudoso Dr. Correia de Campos),
o pessoal agradecia.

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sábado, 11 de outubro de 2008

BIRD-WATCHING

Embora não me paguem a publicidade, achei que a divulgação poderia interessar a alguém que por aqui passasse e cujo "hobby" fosse observar pássaros.
Claro está que, se lermos a prosa que acompanha a imagem, fàcilmente chegamos à conclusão de que isto é material com um sem número de aplicações.
O senhor procurador-geral da República, que se queixou há tempos de barulhinhos no telemóvel, bem pode indagar quantos elementos do seu gabinete (e afins) serão dedicados estudiosos da vida dos pardais.
O artefacto figura no catálogo D-Mail, juntamente com uma porção de outras coisas que sempre sonhámos adquirir, só não sabíamos onde.

Já têm com que se entreter, caso o Domingo seja chuvoso.


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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O MAL AFAMADO MOSQUITO DA DENGUE

Em primeiro lugar, se fosse eu a redigir a notícia, era capaz de substituír o "LEVAR" por "TRAZER".
E o "TRANSMITE" por "TRANSMITA".
Mas só devido ao meu feitio de coca-bichinhos.

Quanto ao assunto em apreço:
Diz o Dr. George que está criada uma "REDE DE VIGILÂNCIA", o que muito nos tranquiliza.
Dada a proveniência da bicheza, dei comigo a reflectir sobre o que quereria dizer o nosso inefável director-geral de Saúde, quando se referiu à tal "REDE".
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Estará o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) suficientemente mobilizado para actuar, assim que o primeiro mosquito cruze o espaço territorial português?
A "REDE" incluirá as tão propagandeadas câmaras de vigilância, colocadas em locais estratégicos (?) para assinalarem a presença do dengoso bicho?
Serão elas eficazes se o dito, à semelhança de outros marginais espertalhões da praça, decidirem actuar disfarçados (pelo menos com uma mascarilha adaptada ao tamanho da minúscula cabeça)?
No caso de algum ser apanhado pelas autoridades competentes (DGS), irá ser presente a um juíz sanitário que apenas lhe decretará o "termo de identidade e residência" e ele que nem pense em esvoaçar fora do limite autorizado?
Já se encontrará disponível a pulseirinha electrónica que apite de cada vez que o bichinho pousar fora da área permitida?
E, sobretudo, a delegação portuguesa da PETA estará atenta e vigilante no caso de serem feridos os direitos inalienáveis do mosquito por alguma inesperada esguichadela de insecticida doméstico?
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Ou quando falou, distraídamente, em "REDE",
o Dr.Francisco George, no intervalo de duas fumacinhas,
referia-se concretamente a QUÊ?
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Ficamos a aguardar melhores esclarecimentos, se a Crise deixar.
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

OS MEPINHOS

Os MEPinhos formam um novo Movimento Cívico (mais um) desejoso de chegar a partido político e conseguir entrar na Assembleia da República.
Ou, para tentar ser mais explícita, criar um novo Deputado Limiano e fazer o frete ao PS.
Eventualmente condescendendo em idêntico frete ao PSD, conforme os resultados eleitorais.
O MEP ambiciona convencer o chamado "ELEITORADO DO CENTRO".
E, para tal, dará as cambalhotas que se revelarem necessárias.
Veremos se alguns eleitores ainda se deixarão embalar pelo cântico de sereia de Rui Marques.
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Se a sigla significa MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL (o que é que isto me lembra?), também lá está no cartaz a frase inversa da que titulava o fime do Jack Nicholson:
MELHOR É POSSÍVEL, com leve aroma ao "Yes, We Can" do outro.
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Para dar uma mãozinha aos pequenos, aqui fica um punhado de frases diferentes, adaptáveis à sigla que escolheram:
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MAROSCA ENTRE PARES
MARMELOS ENGANANANDO PACÓVIOS
MATEMÁTICA ENTRE PARTIDOS
MERCANTILISMO E PODRIDÃO
MÈZINHAS E PURGAS
MIXÓRDIAS E PRAGAS
MATULÕES ENCAIXANDO PREBENDAS
MANHAS E PRESTIDIGITAÇÃO
MALUCOS E PATÉTICOS
MELGAS E PIRANHAS
MORTOS E PERSISTENTES
MALANDRAGEM EMBARRILA PORTUGUESES

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Aí está.
Finalmente, para dar um toque final e realçando o bom gosto do ex-alto-comissário, no uso de adereços em plástico, a par com o relógio:
MIRACULOSA ESSA PULSEIRA
(serão saldos da Maddie?)
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E muitas felicidades para o negócio!
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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

FILHOS DA PETA

Bem diz a minha porteira que este mundo está de pernas para o ar.
E para falar com toda a franqueza, nem é preciso ser licenciada em LVI (Limpeza e Vigilância de Imóveis) para chegar a esta triste conclusão.
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Os cavalheiros da PETA entenderam que os direitos das vaquinhas se devem sobrepôr aos da Mulher.
São uns queridos.
Fico à espera de ver, por um destes dias, a fotografia da dona Pamela Anderson (que, embora não sendo exactamente FILHA DA PETA, é uma das suas associadas), a amamentar um vitelinho.
Fará certamente muitas capas de revista.
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E, pelo que vemos nesta notícia, o que motivou a ira dos produtores de lacticínios foi tão só a referência ao perigo de doenças transmissíveis no leite das vaquinhas.
A sublime ideia de transformar mulheres em vacas leiteiras passou-lhes inteiramente ao lado.
De realçar também a "insuficiência de dadoras" de leite materno para a confecção dos molhos e sopas do senhor Locher.
Sempre apareceram algumas, afinal.
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Bom.
Pedindo desde já as maiores desculpas, é chegado o momento de eu empregar aqui linguagem de carroceiro (ou de taxista, para actualizar a expressão):
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E se estes senhores, mencionados na notícia, fossem todos
para A PETA QUE OS PARIU?
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PARA ALÉM DO AZUL

A morte de Paul Newman apanhou-me em fim de semana prolongado, longe do computador.
Passados alguns dias, achei que tinha passado o tempo certo para colocar aqui uma homenagem.
Ontem, entretanto, levei um simbólico puxão de orelhas de uma das minhas filhas que declarou achar imperdoável eu não ter feito aqui qualquer referência ao seu desaparecimento.

Esta é, pois, a minha brevíssima "MEMÓRIA DE SÉTIMO DIA", dita em poucas palavras, sem tristeza.

A um homem que deixou uma marca indelével neste mundo, muito para além da sua inesquecível imagem impressa no celuloide.
O sorriso nos seus olhos era uma mistura única de 3/4 de azul da Hungria com 1/4 de azul da Polónia.
Herança dos seus pais.
E, sabendo como esse azul constituía tanto do seu cunho pessoal, disse um dia entre amigos:

-"JÁ ESTOU A IMAGINAR COMO SERÁ O MEU EPITÁFIO:
AQUI JAZ PAUL NEWMAN.
UM FRACASSO ABSOLUTO, DEPOIS QUE OS SEUS OLHOS SE TORNARAM CASTANHOS"...

Por mais negro que tenha sido o seu sentido de humor, aquele azul é cor que não se apagará fàcilmente da memória de quem teve a sorte de ser seu contemporâneo.

Até porque ficou muitíssimo mais, para além do azul.

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