quinta-feira, 12 de março de 2009

PALHA

Aposto que meia dúzia de leitores do PÚBLICO já está de alma e coração ao lado do autor desta crónica.
Ninguém pensou que é à Organização Mundial de saúde que compete educar os selvagens, apreciadores de comida saborosa.
O próprio MEC, que é pessoa supostamente bem informada, deveria lembrar-se de que já não teria esses quilitos a mais se comesse os seus petisquinhos sem sal.
Que ninguém sofre do pecado da gula se o alvo da mesma souber simplesmente a palha.
Por outro lado, quem come palha, normalmente não acompanha com vinho que, como é do conhecimento geral, além de ser uma importante fonte calórica, é, simultâneamente, um grande destruidor de células.

E se comer palha significa que se é um ruminante, tanto melhor.
Enquanto se rumina não se ingerem novos alimentos. E poupa-se na pastilha elástica.
Conclusão: não se engorda.
O natural será a OMS conseguir finalmente, dentro de poucos anos, que a raça humana evolua, aproximando-se da bovina, o que é bom.
Deixa de ter reivindicações salariais, passa a puxar a sua carrocinha sem gastar dinheiro em carburante e suporta de bom grado as infidelidades conjugais.
Será o princípio do fim da violência doméstica.
Tal como deixará de constitír um insulto chamar boi ou vaca a alguém.
É certo que a linguagem irá sofrer algumas simplificações mas...não é já o que está a acontecer, sem palha nem nada?

Habituem-se, senhores!

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14 comentários:

Maria disse...

Minha Amiga Ana

Para mim, palha só de Abrantes.
Não gosto do MEC. Faz-me impressão pôr a língua de fora a cada duas palavras que diz.
Palha dava eu aos senhores que ocupam s. bento, que é o que merecem. Os bons petiscos guardava-os para o pessoal, que no fundo é quem merece.

Topas?

Beijinho, Ana

Ana disse...

Caríssima Maria (isto hoje vai bem...):
Estás como eu, relativamente à palha e a quem deve comê-la.

Já quanto ao pessoal para quem reservas os bons petiscos, é que tenho as minhas dúvidas...

Mas entre esse, há um ou outro, merecedor de simpatia e com quem não me importava de compartilhar um petisquinho.

Topas?

A língua do MEC é um caso clínico a merecer urgente intervenção...

Beijinho

Anónimo disse...

Eu talvez tenha a tentação de ser do contra, mas ainda assim, atrevo-me a discordar (parcialmente) do MEC porque não gosto que me dêem a comer o que eu não pedi nem quero.
Se eu prefiro a coisa salgada, gostaria de ser eu a pôr a pitada adequada, em vez de engolir o que um anónimo padeiro entendeu acrescentar.
Do mesmo modo, não me agradaria que o meu rico bacalhau já me chegasse à mesa regado com azeite.
Ainda ontem almocei com una amigos e um deles é da ASAE e é pessoa mais do que recomendável. E tão bondoso que fez esticar o pernil que encomendara a mais dois dos presentes.
Por mim, por causa da (a)tensão que a saúde justifica, reivindico tudo sem sal.
Talvez por isso, esses meus amigos possam achar que eu não seja um comensal mas um "cusemsal".
Ah, mas aquela Pólvora vinda do Douro, não sei se tinha sal ou taninos robustos, só sei que me escorregou aveludadamente pela goela...

Ana disse...

Sal monete:
Eu não sei em que companhias anda o meu amigo mas, desculpará que lhe diga, com essa indicações, parecem-me altamente duvidosas.
Pessoas da ASAE? E que, ainda por cima fazem esticar o pernil aos outros? Livra!
Lagarto, lagarto, lagarto (sem ofensa a hipotéticos sportinguistas descoroçoados)!

Já me tinha parecido que era pessoa para dar alta (a)tensão a tudo o que se passa neste país.
Mas depois, lá está: é forçado a comer coisinhas insípidas, para equilibrar o sistema...

Por mim, tudo o que cheire a pólvora, só de longe.
Fogo...
Augustos personagens incluídos, por muito boas pessoas que possam ser.

Abraço

Cristina Caetano disse...

Mas Ana, o PS tornou-se um partido ¨sem sal¨, totalmente indigesto pro meu gosto.

Beijinhos

Ana disse...

Cris:
Às vezes sem sal e outras demasiado salgado...

Intragável, em suma:)))

Beijinho

Duarte disse...

Vou seguindo o que me trazes e, desse modo, fico ao corrente daquilo que se vos apoquenta na minha terra.
Gosto do modo como analisas cada situação, o que muito agradeço, pelo que me ilustra.

Um abraço de agradecimento

Ana disse...

Duarte:
Eu não sei se já provaste pão sem sal.
É, seguramente, das coisas mais desenxabidas que existem.

Até existe uma frase feita para descrever alguém sem graça nenhuma:
"É um pãozinho sem sal"...

E aí, existe a palavra "salero" para a situação oposta...

Abraço

Luis Eme disse...

concordo com o MEC.

a questão do sal no pão é apenas um pormenor... eles que vão comparar a "grama" com o presunto ou o chorição...

é uma metáfora deste governo, finge que ataca o problema, para ficar tudo na mesma (a não ser que proibam o queijo da serra e da ilha, tal como os enchidos)...

abraço Ana

Ana disse...

Luis:
Legislar deve dar uma adrenalina levada da breca...
Se assim não fosse legislava-se só sobre o que realmente interessa.

Abraço

Anónimo disse...

quando o MEC levava uma semana para escrever uma crónica e era ajudado por umas substâncias ilegais, saía obra asseada.
agora que está limpo e escreve todos os dias, sai borracheira.

Ana disse...

Rodrigo:
Cada qual tem direito à sua opinião e é livre de comentar como entender.

Tenha uma boa tarde

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

Agora até no pão nosso de cada dia o Governo quer mexer.

O que vai fazer com que a malta passe a andar de saleiro na bolsa que era para o telemóvel.

Bom, por outro lado, até pode ser que, ao preço a que está o pão, assim a malta consiga poupar mais uns cobres.

À Sua!!!

Hic Hic Hurra

Ana disse...

Caro Zé:
O pão nosso de cada dia nos dai hoje, sem sal!

E para além do governo, bem podem os padeiros andar de pé atrás, não vá a ASAE aparecer-lhes de surpresa para controlar a salgadura....
Presume-se que tenham um "provador" para o efeito.

Ai Cristo, anda cá abaixo ver isto!

À sua, enquanto for permitido!