segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ATRIBULAÇÕES DUM JUIZ

O episódio, que teve lugar em TOLEDO, vem relatado no "PÚBLICO" de ontem e dá conta da decisão da COMISSÃO DISCIPLINAR DO CONSELHO GERAL DO PODER JUDICIAL (Espanha) - correspondente ao nosso (mais modesto) CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA.
Aí é referida "A FORMA INDECOROSA COMO COSTUMA MEXER NOS PÉS, NOS OUVIDOS OU NO NARIZ, OU SALPICA QUEM ESTÁ PRÓXIMO COM A SALIVA QUE SAI DA SUA BOCA".
É ainda sublinhado "O REITERADO E HABITUAL( sic) ODOR CORPORAL" bem como o facto de os seus funcionários serem "OBRIGADOS A SUPORTAR O SEU MAU HÁLITO", dado que costumava debruçar-se constantemente sobre eles para conferir no ecrã aquilo que iam escrevendo no computador
.
O Presidente do nosso SINDICATO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA diz que "HÁ, ESPORADICAMENTE, ACONTECIMENTOS QUE JUSTIFICARIAM SANÇÃO IDÊNTICA".
Mmmmm...
Olha se começavam agora a punir os nossos magistrados, nem digo pelos seus hábitos de higiene mas, por exemplo, pela sua falta de produtividade...
Era um ver se te avias.
Mas podem os senhores juízes ficar descansados que não há esse perigo.
Por cá, eles encontram-se protegidos por um escudo invisível (ou nem tanto).
.
Quanto ao juiz de Toledo, tenho estado a pensar se ele não será dos tais protectores a todo o custo do AMBIENTE.
A verdade é que o senhor poupa na água e evita os sprays desodorizantes tão nocivos para a camada de ozono.
Em consequência, vê-se acometido de comichões nos pés, nos ouvidos e no nariz.
E um homem não é de ferro!
.
Quanto ao mau hálito, não se lhe pode levar a mal que ele abuse um pouco dum produto natural que, segundo dizem, é tiro e queda para curar maleitas das articulações: O ALHO.
Porque, sendo habitual andar curvado sobre os funcionários (não vão eles passar o tempo em sites pornográficos ou assim), nada mais provável do que padecer de desagradáveis dores nas costas.
.
E, vamos lá a ver: a quem nunca aconteceu deixar escapar um ou outro pequeno perdigoto, quando menos se espera?
.
Ná, isto cheira-me a vingançazinha combinada.
.

***********************************

14 comentários:

Unknown disse...

Poxa, este senhor é pior que bicho, Deus me livre...ehehe
É a primeira vez que venho aqui, gostei.
Abraços

poetaeusou . . . disse...

*
o que foi uma injustiça,
só quero lembrar que o
alho tem propriedades
anti-sépticas
,
conchinhas,
,
*

Maria disse...

Já imaginaste o que é trabalhar num espaço com ar ciondicionado?
Falo dos nariz, e dos seus habitantes habituais..... grrrrrrrrr
:)))))
Beijinhos

Cristina Caetano disse...

Estás tão boazinha com o excelentíssimo que quase não te reconheço.

Mas eu aconselho a ele - que não é muito chegado num banhinho básico - o que uso no meu Sasha depois dos passeios na rua: toalhitas higiênicas de bebê... dão um cheirinho muito agradável.

Beijinhos

Ana disse...

Guilherme Pião:
Já andei a pesquisar no seu blog e achei bem divertido.
Vou já avisando que essa minha visita não será a última:))

Abraço

Ana disse...

Poeta:
Propriedades anti-sépticas é que eu não sabia.
Da próxima vez que me cortar num dedo vou esfregar com um dentinho de alho.
Depois, se arder, as palavras que eu disser serão pensando em ti...

Abraço

Ana disse...

Maria:
Esses habitantes serão aqueles que os automobilistas catam criteriosamente, quando param no sinal vermelho?
Grrrrrrr, disse muito bem:)))

Beijinho

Ana disse...

Cris:
Eu só fico boazinha uma vez por mês.
Calhou hoje:)

Se eu soubesse que as toalhitas davam resultado nos cães, teria gasto uma fortuna no tempo dos meus falecidos.
Que o pêlo molhado em dias de chuva não era lá muito aromático...

Beijinho

Duarte disse...

Assim é, para certas pessoas a água é um bem escasso e que ademais repugna.
Para outros estar à vontade é usurpar o direitos dos outros, a não ter que suportar certos odores ou indecoro.

Tive um chefe de pessoal que fazia bolinhas da nariz e pegava-as debaixo da mesa. Quando se reformou aquilo era um mapa mundo com relevos e tudo.

Todo o meu afecto num grande baraço

Ana disse...

Ó Duarte, que rica experiência a vida te reservou:)
Eu diria que esse talvez tenha sido mais um Mapa IMUNDO, hehehe...

Abraço

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Enojada Vizinha,
Este seu post só vem provar, de forma comprovadamente provada (adoro estes pleonasmos), que na Península Ibérica ainda estamos longe de alcançar um desenvolvimento harmonioso e total do Ser.

Plenamente de acordo com a sanção aplicada ao Meretíssimo, mas então a forma indecorosa como os nossos políticos amiúde nos insultam e agridem, estando nós obrigados a suportar a sua constante e repugnante presença em tudo quanto é meio de comunicação social?!...
É que não é só o corpo que sofre com os maus odores das secreções e excreções corporais de terceiros; também o espírito se sente violentado pelos excrementos verbais desses eminentes auto-proclamados timoneiros da nossa sociedade.

Para quando uma comissão disciplinar para sancionar esses não menos gravosos comportamentos?

Ana disse...

Caro Inspector Serôdio:
Congratulo-me por verificar que existe pelo menos UM inspector neste nosso triste país, preocupado com a nossa sanidade mental.
Infelizmente a ASAE está vendida a esses senhores pelo que não devemos poder contar com ela.
Pense o meu amigo em fundar um MOVIMENTO CÍVICO, que é coisa que anda muito em voga e pode contar comigo para lhe dar apoio.

A bem do Ambiente.

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

Tendo em conta os odores do juiz do país vizinho, tenho para mim que é verídico o ditado popular que nos revela que, de Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos.

E agora vamos todos rezar para que não soprem fortes os ventos de Toledo.

Eu, pelo sim pelo não, este ano não vou tomar a vacina contra a gripe!

À sua!

Hic Hic Hurra

Ana disse...

Zé_Cuscopos:
Sabe que isso da vacina é capaz de ser muito bem lembrado?
Até me sinto tentada a seguir o seu exemplo. No entanto, tendo em conta a minha avançada idade e respectiva diminuição de resistência às infecções, acho melhor nem me arriscar...
Posso sempre adoptar o método "mola no nariz", se os ventos derem em soprar da banda de lá.

À sua!