Sem frustrações, note-se.
A seguir começou a obcessão do new.
Não o "nu"pronunciado à madeirense, que esse também se institucionalizou até chegar a docentes da província.
Adiante.
Refiro-me ao "new" propriamente dito. A novidade. O "diferente"(opções sexuais incluídas, pois então, embora hoje as vá deixar em paz).
Entramos numa perfumaria, farmácia, loja de lingerie, secção de electrodomésticos, stand de automóveis (as hipóteses são infindas) e atiram-nos às fuças com a frase:
- "Ah, essa linha foi descontinuada!"
É fatal.
A Zequinha do 3º Esquerdo também decidiu descontinuar a gravidez.
Mas deu-lhe outro nome. Está no seu direito.
Os empregos, então, padecem de descontinuidade acelerada.
Para já não falarmos da própria Língua Portuguesa falada e escrita, que foi logo uma das primeiras vítimas do processo.
Agora está aí a chegar uma maneira original de disporem de nós quando a nossa vida chega à fase da descontinuidade, uma vez que a cremação está a ficar ultrapassada.
Dizem os gurús verdinhos que não é ecològicamente limpa.
É muito CO2 a poluír a atmosfera. E os dentes obturados, então?
Aquilo são emissões de mercúrio que nunca mais acabam!
Não pode ser.
Vamos ter de optar pela "CREMAÇÃO PELA ÁGUA" ainda que a designação nos pareça um tanto surreal.
Em que consiste?
Pois na chamada "HIDRÓLISE ALCALINA":
Mergulha-se o corpo numa solução aquecida de água e hidróxido de potássio.
Hidróxido de potássio mais conhecido por "POTASSA CÁUSTICA" com que as nossas avós limpavam retretes e assim.
Mas soa melhor o tal hidróxido.
Umas horas depois, transformamo-nos num líquido inorgânico que poderá ser utilizado como fertilizante.
Que tal?
Vai um cafezinho?
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